Foto de Lígia Dias Fonseca; tirada da internet |
Lígia
fez Direito na Universidade Clássica de Lisboa, em Portugal, onde igualmente
leccionou no mesmo curso, em Évora. Exerceu a mesma função em Macau e,
seguidamente, em Cabo Verde.
Em
1976, a sua família saiu, clandestinamente, da terra natal (Moçambique) para
morar em Portugal e, na altura, ela tinha apenas 13 anos de idade.
“A
decisão de sair de Moçambique foi tomada pelos meus pais num momento difícil da
nossa vida, em que o Governo de Moçambique decidiu enviar o meu irmão para
estudar na então União Soviética. Estávamos em 1976, no regime de partido único”, afirmou Lígia Fonseca.
Foi
em Portugal, no ano 1986, que Lígia conheceu Jorge Carlos Fonseca. Ele era
professor universitário e Lígia foi sua aluna. Em 1989, casaram-se e logo que
se deu a abertura política em Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca resolveu
regressar a terra natal e ela veio com ele.
“Naturalmente
conhecia Cabo Verde da história e de alguns amigos que tinha em Moçambique e
que eram de origem cabo-verdiana, mas nunca tinha estado em Cabo Verde. Mas não
tive nenhuma dificuldade de adaptação. A família do meu marido, nomeadamente a
minha sogra e cunhados, receberam-me muito bem e desde o primeiro minuto que me
mimaram e trataram-me como uma verdadeira filha e irmã”, salientou Lígia
Fonseca.
Foto tirada da Internet |
Em
Cabo Verde, está ligada, entre outras, à criação da Associação das Mulheres
Juristas, da Ordem dos Advogados e da primeira escola de direito, o Instituto
Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJC).
Lígia
Dias Fonseca é advogada de profissão. Tornou-se primeira-dama de Cabo Verde em
2011, após a vitória do seu marido, Jorge Carlos Fonseca.
Sem
deixar de exercer a sua profissão, Lígia Fonseca adiantou que usa a sua
sabedoria e os seus conhecimentos para trabalhar ao lado do Presidente da
República e em parceria com as instituições públicas e privadas, ajudando a
solucionar os problemas mais visíveis da sociedade cabo-verdiana.
Muitas
pessoas dizem que a sua profissão é incompatível com a função de Primeira-dama,
mas Lígia Fonseca não vê problema nenhum em continuar a oferecer assistência
jurídica, porque “sempre soube definir a melhor forma de exercer a (sua)
profissão”. E, enquanto cidadã, advogada e mulher do Presidente da República sabe
respeitar a Constituição e as leis da República.
Lígia acredita que só “estando junto das
pessoas podemos servi-las com dignidade”, porque estar junto das pessoas,
partilhar as suas alegrias e tristezas, incentivá-las nos seus projectos,
aconselhá-las, escutar as suas ideias, opiniões, críticas e também conselhos,
sempre foram a sua maneira de ser.
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