sábado, 6 de junho de 2015

Lígia Dias Fonseca: a mulher do “povo”

Foto de Lígia Dias Fonseca; tirada da internet
Lígia Alcânela Lubrinho Dias Fonseca nasceu na cidade da Beira, Moçambique, a 24 de Agosto de 1963 e é filha do advogado e político moçambicano Máxi Dias e de Canta Maria Dias.

Lígia fez Direito na Universidade Clássica de Lisboa, em Portugal, onde igualmente leccionou no mesmo curso, em Évora. Exerceu a mesma função em Macau e, seguidamente, em Cabo Verde.

Em 1976, a sua família saiu, clandestinamente, da terra natal (Moçambique) para morar em Portugal e, na altura, ela tinha apenas 13 anos de idade.
“A decisão de sair de Moçambique foi tomada pelos meus pais num momento difícil da nossa vida, em que o Governo de Moçambique decidiu enviar o meu irmão para estudar na então União Soviética. Estávamos em 1976, no regime de partido único”, afirmou Lígia Fonseca.

Foi em Portugal, no ano 1986, que Lígia conheceu Jorge Carlos Fonseca. Ele era professor universitário e Lígia foi sua aluna. Em 1989, casaram-se e logo que se deu a abertura política em Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca resolveu regressar a terra natal e ela veio com ele.
“Naturalmente conhecia Cabo Verde da história e de alguns amigos que tinha em Moçambique e que eram de origem cabo-verdiana, mas nunca tinha estado em Cabo Verde. Mas não tive nenhuma dificuldade de adaptação. A família do meu marido, nomeadamente a minha sogra e cunhados, receberam-me muito bem e desde o primeiro minuto que me mimaram e trataram-me como uma verdadeira filha e irmã”, salientou Lígia Fonseca.
Foto tirada da Internet


Em Cabo Verde, está ligada, entre outras, à criação da Associação das Mulheres Juristas, da Ordem dos Advogados e da primeira escola de direito, o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJC). 

Lígia Dias Fonseca é advogada de profissão. Tornou-se primeira-dama de Cabo Verde em 2011, após a vitória do seu marido, Jorge Carlos Fonseca.
Sem deixar de exercer a sua profissão, Lígia Fonseca adiantou que usa a sua sabedoria e os seus conhecimentos para trabalhar ao lado do Presidente da República e em parceria com as instituições públicas e privadas, ajudando a solucionar os problemas mais visíveis da sociedade cabo-verdiana.

Muitas pessoas dizem que a sua profissão é incompatível com a função de Primeira-dama, mas Lígia Fonseca não vê problema nenhum em continuar a oferecer assistência jurídica, porque “sempre soube definir a melhor forma de exercer a (sua) profissão”. E, enquanto cidadã, advogada e mulher do Presidente da República sabe respeitar a Constituição e as leis da República.


 Lígia acredita que só “estando junto das pessoas podemos servi-las com dignidade”, porque estar junto das pessoas, partilhar as suas alegrias e tristezas, incentivá-las nos seus projectos, aconselhá-las, escutar as suas ideias, opiniões, críticas e também conselhos, sempre foram a sua maneira de ser. 

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